domingo, 20 de novembro de 2011

Solidões compartilhadas: O poema consciente de Mayara Silva

Hoje, Dia da Consciência Negra, compartilho pela quarta vez (já está virando sócia do meu blog rs) minhas solidões coletivas com Mayara Silva. Pensando nesta data marcante (lembra-nos o dia da morte de Zumbi dos Palmares, o maior ícone da resistência negra no Brasil escravagista e covarde - foram necessários vários exércitos e vários golpes traiçoeiros pra derrotarem os bravos heróis do Quilombo liderado por Ganga Zumba - outro nome de Zumbi), Mayara nos relembra que o mundo precisa derrubar os muros do apartheid oculto nos olhos daltônicos do preconceituoso que só enxerga preto e branco, como se as cores fossem caminhos naturais pra segregação de uma raça única e plural: a raça humana! Pra ser lido, ouvindo Arnaldo Antunes ("Inclassificáveis": "somos o que somos / inclassificáveis"):



O que importa a cor?

Com tantos problemas no mundo
e pessoas preocupadas com cor,
onde vai parar esse racismo sem fundo
que provoca tanta dor?

O que importa a cor?
Se o que vale tá no coração...
Racismo é um horror!
Pra que isso, meu irmão?

Todos somos iguais
diante do nosso Criador
e não são seus conceitos visuais
que vão causar tristeza e dor!

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