segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Solidões psicodélicas compartilhadas: A vibrante doçura mutante da Cretina


De tanto falarmos de psicodelia nos últimos tempos do blog, me lembrei de uma banda contemporânea e independente que resgata essa herança lisérgica com todo vigor nos dias atuais: a fodástica Cretina, de Nova Iguaçu/RJ, com quem hoje compartilho minhas solidões poéticas.
Conheci o som vibrante dessa banda quando eles vieram em Valença e participaram do Arte Valença 1, organizado por Giovanni Nogueira, em maio de 2011. Paulo Igor (guitarra e voz), Letícia Lopes (baixo e voz) e Erick Renato (bateria) trouxeram luzes psicodélicas ao underground e ao rock nacional atual. Poucas bandas do nosso tempo demonstram a energia e psicodelia que eles possuem. 
Tive a oportunidade de rever o fodástico som da banda no Arte Valença 2, também organizado por Giovanni Nogueira, em outubro do ano passado, e, mais uma vez, a Cretina (com nova baterista: a fodástica Angell Bauer)  mostrou um show entusiasmado, reabrindo as portas do psicodelismo das décadas de 1960 e 1970 e, a partir dessa influência, criando um novo som, autêntico e extremamente vibrante.
Há um tempo atrás, encontrei-os no facebook (curtam a página dessa super-banda no face no seguinte link: 
https://www.facebook.com/pages/Cretina/246176332070207?ref=hl) e pedi aos integrantes da banda para compartilhar algumas letras de música deles aqui no blog. Trago para vocês, amigos leitores, duas fodásticas letras de música do EP Babilônia Moderninha da banda Cretina, assim como seus respectivos clipes: a super-elétrica “Doçura” (com açúcares psicodélicos no som) e a “Arnaldo e os Mutantes”, uma aula rock sobre uma das bandas que revolucionou o rock das décadas de 1960 e 1970.
Como diria a própria banda Cretina, "Go, go, Geração Delírio!"

Doçura

Doçura, faria tudo pra lhe ter de vez
Pois não demore baby, não demore baby
Pois não demore baby estou louco a lhe esperar

Doçura, eu sei que poucos vão me entender
Agora é tarde baby, agora é tarde baby
Agora é tarde baby, percebi ao lhe tocar

Então vem, vem depressa eu me sinto tão só
Eu peço vem, nos seus olhos me perdi
Inevitável flerte, my my my my my baby...
Doçura...




Arnaldo e os Mutantes


Arnaldo e os Mutantes andam meio desligados
distraídos nem notaram Brigitte Bardot
ouvindo Jovem Guarda Bossa Nova e Tropicália
Quase sempre divididos entre o Samba e o Rock'n Roll

Acordes delirantes embalando as madrugadas
quase sempre bem mais alto que as televisões
ouvindo Jimmy Hendrix e seus solos incendiantes
quase sempre discutindo sobre Beatles e Rolling Stones

Arnaldo e os Mutantes andam meio desligados
distraídos nem notaram Brigitte Bardot
ouvindo Jovem Guarda Bossa Nova e Tropicália
Quase sempre divididos entre o Samba e o Rock'n Roll

Acordes delirantes embalando as madrugadas
quase sempre bem mais alto que as televisões
ouvindo Chuck Berry e Rockabily dissonante
quase sempre discutindo sobre Beatles e Rolling Stones



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