terça-feira, 14 de maio de 2013

Usando e abusando de MC Anitta (na ficção): Histórias de meninas más e garotos maus


Como em toda comemoração do Dia Internacional da Mulher, uma semana antes dessa data especial, pedi que meus alunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, votassem na artista mulher que eles desejavam que eu destacasse em 2013. Em 3 salas das 4 nas quais leciono, MC Anitta ganhou a eleição de artista mulher destaque. Confesso que primeiro fiz careta, mais por desconhecimento da fodástica artista que por desprezo ao valor artístico da artista, porém cumpri o prometido e estudei a vida e arte de MC Anitta.


Apesar de eu não ser muito fã do ritmo funk carioca, admito que me rendi ao som e estilo de Anitta, bastante diferente da postura de outras musas do funk de outrora. Anitta criou uma nova persona para a funkeira: ela é a menina má, meiga e abusada, que não permite que os homens a tratem como objeto de seus desejos; ao contrário, os eus líricos das canções de Anitta usam e abusam dos rapazes e, se eles não se portarem bem, são descartados e, dependendo da ofensa, humilhados pela menina má. Trabalhei com os alunos, principalmente, a canção “Menina má”, sucesso nas 4 salas em que apliquei a atividade. A partir daí, tecemos comparações com a Menina Má, do livro “Travessuras da Menina Má”, do escritor ‘nobel de literatura’, o peruano Vargas Llosa, e com a “boneca má”, de uma canção da banda carioca de rock Leela.
De todas as atividades, a que mais deixou os alunos vidrados foi o clipe oficial da canção “Menina má”, cujo enredo conta-nos a história de uma menina que, após ser rejeitada e humilhada pela sua paixão de infância (todo garoto e garota, entre 8 e 16 anos, já passou por isso em algum momento de sua vida escolar rs), torna-se uma garota má e, com o passar do tempo, vinga-se do ex-amor. Percebendo a fascinação dos alunos por Anitta e pelo clipe “Menina má”, pedi que eles produzissem um conto, recontando ou recriando, cada um à sua maneira, a história de amor e vingança do vídeo dado.
Abaixo tenho o prazer de compartilhar com vocês alguns desses fodásticos contos de garotos maus e meninas más. Mostrando talento e dedicação, os alunos-escritores dos oitavos e nonos anos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva trazem grandes releituras da história do clipe “Menina má”: alguns mantiveram a história original do clipe, modificando o foco narrativo – uns interpretando o papel da menina má, outros do rapaz, vítima da vingança da menina má -; outros construíram uma história completamente diferente do clipe, porém mantendo a essência de amor, desprezo e vingança; outros associaram a canção de Anitta a músicas de outros cantores (como “Baba, baby, baba”, de Kelly Key, e “Eu me apaixonei pela pessoa errada”, do grupo de pagode Exaltassamba); outros se basearam em episódios de séries de sucesso como "Todo mundo odeia o Chris"; outros modificaram o final da história, alteraram nomes, mudaram espaços ou inverteram os papéis do roteiro original (há, por exemplo, “Um menino mau”, de José Vitor e Rafaela Ribeiro, que lembra aqueles contos cruéis do premiado contista paranaense Dalton Trevisan; já “A menina má de Athirson” faz o protagonista de gato e sapato do começo ao fim; enquanto em “O aprendizado de Rayssa”, inspirado em fatos reais, segundo a escritora, termina com uma reflexão, e não uma vingança), seja como for, todos mostraram talento e genialidade para construírem narrativas envolventes de amores, dores e vinganças. A coletânea ainda inclui um poema inspiradíssimo na canção, feito por Wanessa e Lizandra, sem preocupação de receber pontos extras pela atividade!
Preparem-se, leitores, pois vocês estão prestes a conhecer grandes contos de fortes emoções e terríveis vinganças contra aqueles que rejeitam o amor da infância!
(E não percam: amanhã trago a minha releitura da Menina Má, um conto inspirado nas obras fodásticas dos meus alunos-escritores!)


    
Chagas no coração

            Eu me lembro quando estudava na 3.ª série. Gostava muito de um menino chamado Jonathan, Era bom, pois, pelo menos, ele falava comigo; achava que eu gostava dele só como amigo.
            Um dia eu tive coragem e escrevi tudo que sentia por ele. Pedi a uma amiga para que entregasse a carta e fiquei vendo de longe como ele iria reagir. Quando ele abriu e leu a carta, rasgou-a, depois se aproximou de mim e disse:
            - Nunca vou querer você! Você é muito criança pra mim, vê se enxerga!
            Então saí correndo para o banheiro com o coração cheio de chagas. Eu o amava e ele só me ignorava. Cansada de ser desprezada por ele, resolvi fingir que não gostava dele, mas não deu certo.
            Quando eu estava na 6.ª série, finalmente me curei da paixão doentia que sentia por Jonathan. Foi quando ele reapareceu, chegou até mim e me pediu perdão por tudo que me fez sofrer, me levou até flores.
            Mas era tarde demais: eu estava namorando um menino maravilhoso e que sabia me dar valor. Jonathan, arrependido, me liga até hoje e não me deixa em paz. Mas virei uma menina má para ele e não volto atrás!
(Michaela Pacheco e Tainara Francisco – 8.º Ano A)

O aprendizado de Jakeson

            Aos 8 anos de idade, Jakeson descobriu que gostava de uma menina chamada Vitória, mas ela, sempre acompanhada de suas amigas, nunca dava ideia para ele.
            Certo dia, ele acordou com um pressentimento. Ele pensou que conseguiria ficar com ela se lhe presenteasse com um buquê de rosas vermelhas. Jakeson procurou emprego, mas não conseguiu nenhum. Então resolveu juntar sua mesada, comprou o buquê e deu o presente para Vitória, junto com uma carta. Ao ler a declaração de amor, ela e suas amigas ficaram caçoando dele. Jakeson viu tudo aquilo triste e foi embora.
            Com o passar do tempo, Jakeson pensou em se vinga dela. Numa balada, ela finalmente o notou e quis ficar com ele, mas Jakeson lembrou do episódio passado e deu um fora nela também. Mostrou para Vitória que não havia apenas ela no mundo. Depois da infância, Jakeson viu que havia muitas mulheres melhores que ela.
(Renan Branco, Felipe e Jeferson – 8.º Ano A)

Triste fim de Joselinda

            Havia um menino que se chamava Josecrédio, que gostava muito de uma menina chamada Joselinda. Ela era muito linda, mas nunca dava bola para Josecrédio. Ela era muito linda, mas nunca dava bola para Josecrédio. Ele nunca desistiu. Mesmo sempre tentando, ela não perdia a oportunidade de dar um fora nele.
            O tempo foi passando e ele cada vez tomando mais raiva dela, pois ela chegava perto dele, chamava-o de feio, nojento, colocava-o pra baixo e se colocava lá em cima, poderosa e bonita.
            Eles ficaram mais velhos: Josecrédio se tornou um rapaz legal, maneiro e Joselinda a mesma nojentinha de sempre. Só que ele tinha vários amigos e uma namorada muito mais bonita que ela. Joselinda até ficou um pouco feia, de tão nojenta e egoísta. Tanto que acabou ficando sem ele, sem amigos, sem ninguém.
(Jhekson William de Almeida Ramos, Caio de Oliveira Garcia e Nathan Machado Souza – 8.º Ano A)

O troco

            Quando João era pequeno, gostava de uma menina chamada Maria, que não gostava dele.
            Um dia, João escreveu e entregou uma carta para Maria. Ela, para zoá-lo, começou a mostrar a carta para suas colegas, que começaram a rir dele.
            O tempo passou, João cresceu e virou um grande artista, muito famoso.
Um dia, Maria e João se reencontraram em uma festa. Maria pediu para ficar com ele, mas João, no meio de tantas pessoas, esnobou Maria, colocou-a pra baixo e todo mundo ficou rindo dela. Após isso, ele ainda disse:
- Esse é o troco!
(Patrick Lorran e Cristian – 8.º Ano A)

O menino bom e o menino mau

            Joãozinho era um menino muito legal, que gostava muito de Maria. Ele ia falar com ela, mas Maria nunca dava confiança para Joãozinho.
Mesmo ela o desprezando, ele não perdia as esperanças, tanto que, um dia, tomou coragem e entregou uma carta de amor para Maria.
Ela foi correndo com suas amigas para ler a carta e ele foi atrás delas escondido para ouvir o que Maria acharia de sua declaração. Quando começou a ler as coisas que Joãozinho escreveu, Maria achou tudo horrível.
Então ele a odiou como nunca havia odiado alguém antes.
Alguns anos se passaram e Maria se esqueceu de Joãozinho. Mas ele não se esqueceu de Maria.
Ele ia fazer da vida dela um inferno!
Conforme os anos se passaram, Maria se esqueceu como João era e não sabia que o jovem de quem ela gostava era Joãozinho.
Então ele a desprezou do mesmo jeito que ela o desprezou no passado.
(Rodrigo da Silva Pimentel – 8.º Ano A)


O aprendizado de Rayssa

            Rayssa era uma menina doce e meiga, até que, um dia, apareceu um menino pelo ela qual se apaixonou. O menino falou que também gostava dela, mas depois começou a namorar outra pessoa. E deixou Rayssa de lado.
            Depois de um tempo, ele largou a namorada e disse que estava apaixonado por Rayssa e que ela era o amor da vida dele. Rayssa já estava feliz sozinha e lhe disse não.
            Foi nesse momento que ela aprendeu que não se deve acreditar em qualquer pessoa, nem em qualquer “eu te amo”. Dizer “te amo” qualquer um diz, mas amar de verdade são poucos os que amam.
(Lorraine e Rayssa – 8.º Ano B)

A menina má de Athirson

            Athirson era muito bonito. Com 10 anos de idade e morando na Volta do Pião, ele gostava de uma menina muito bonita chamada Daiara, que tinha 9 anos e era sua vizinha.
            Certo dia, Athirson enviou uma carta pra ela, dizendo que a amava. Ela pegou a carta e foi ler com as amigas. Elas ficaram zombando dele.
            Então eles cresceram, ficaram adultos e ela continuava não dando a mínima pra ele.
            Um lindo dia, Athirson estava passando em frente á casa de Daiara e ela o chamou pra entrar. Empolgado, ele entrou e lá Daiara o amarrou na cama dela. Ela ficou provocando-o, dançando na frente dele só de calcinha e sutiã! Athirson ficou babando! Mas ela achava graça em ver ele babando por ela.
            Daiara ficou sendo pra sempre uma menina muito má com Athirson.
(Athirson – 8.º Ano B)

Claro que não!

            Havia na escola uma menina linda que eu conheci no ano retrasado. Uma vez, tomei coragem e pedi uma chance de namorar com ela, que me respondeu assim:
            - Claro que não!
            - Por que eu sou feio ou sou muito chato ou babaca?
            - Não. Você não é babaca, chato e feio. Você só não faz o meu tipo de menino!
            Mas ela não saía da minha cabeça. Só pensava nela e não conseguia me concentrar nos deveres, nem nas aulas direito.
            Passados alguns dias, ela permaneceu muito má comigo. Pedi de novo. Desta vez ela disse:
            - Claro que não! Você é muito feio e babaca!
            Eu saí de perto dela triste e todos os meninos começaram a rir de mim. Fiquei envergonhado, saí de perto de todo mundo e fiquei sozinho chorando.
            Nesse momento, passou uma menina e me disse:
            - Tadinho! Quer ficar comigo?
            - Claro que sim! – eu respondi.
            Tempos depois, me casei com ela e a menina que eu gostava não se casou. Um dia, ela me falou:
            - Larga dela pra ficar comigo!
            E eu respondi:
            - Claro que não! Lembra que eu te pedi pra ficar comigo e você disse “Claro que não!”? Agora é minha vez de falar: Claro que não!
            Eu me tornei um menino muito mau e saí rindo da cara dela.
(Caio Xavier Damião – 8.º Ano B)

A virada de Jenniffer

            Jenniffer era uma menina que não gostava de ninguém. Mas, quando viu Diego, se apaixonou.
            Depois de um tempo, ela se declarou. Mas ele nem lhe deu ideia. Ela foi crescendo, porém não esquecia o que lhe aconteceu na adolescência.
            Certo dia, Jenniffer reviu Diego. Ele estava careca, com os dentes tortos e Jenniffer estava perfeitamente linda. Diego ameaçou cumprimentá-la, mas Jenniffer virou o rosto e continuou andando. E nem deu ideia.
(Jenniffer – 8.º Ano B)

O arrependimento

            Um dia, à tarde, uma moça gentil e apaixonada por um rapaz, resolveu se abrir para ele, enviando uma carta de amor.
            Ele respondeu com outra carta, dizendo que não gostava dela, que ela era feia e que ela nunca iria ser alguém na vida.
            A moça gentil cresceu e se tornou uma mulher famosa. O rapaz, arrependido do que fez, agora loucamente a quer. Só que agora quem diz não é ela. Agora ela arrumou outro homem.
(Emmanuel e Cleisson – 8.º Ano B)

Dar valor depois que perdeu... Bobagem!

            Num dia de sol, no Colégio Tatalha, o único menino negro fazia suas tarefas como sempre, até que começaram a surgir cartas com uma letra feminina. As cartas eram todas declarações de amor de uma menina doce, que às vezes chegava a ser bobinha. O nome dela era Kelly, conhecida por muitos como Ganibalda. Ele ainda não sabia quem era, mas em sua mente sempre vinha a imagem de uma menina bela.
            Em uma dessas cartas, estava escrito o número dela com a seguinte frase: “ligue pra mim”. O menino então rapidamente ligou pra ela. Quando ela disse “Oi”, ele ficou enlouquecido com a sua voz. Então eles começaram a conversar frequentemente.
            Chegou um dia em que ele resolveu conhecer em pessoa a tal de Kelly. De pronto ela aceitou. No outro dia, ele chegou um pouco mais cedo ao fliperama e esperou, esperou, esperou... Quando percebeu, lá vinha ela com um óculos fundo de garrafa, roupa de freira e trança frouxa. Então ele disse de cabeça baixa:
            - Meu Deus, não sabia que era tão feia assim!
            Quando ele disse isso, ela, decepcionada, saiu chorando.
            No dia seguinte, o corredor da escola estava muito cheio e ele foi ver o que era. Quando chegou, ficou estático; era a Kelly, só que toda arrumada e bonita, igual a uma top model. Então ele foi rapidamente se desculpar, só que levou um fora e foi xingado em 15 idiomas diferentes. E o que sobrou foi lamentar sobre o leite derramado. Só soube dar valor depois que perdeu, mas, então, como sempre, foi humilhado por todos da escola.
(Maiara e Stephany – Turma 8.º Ano B)

Um menino mau

            José Vitor era muito mau, rejeitava todas as meninas que mandavam cartas para ele. Um dia, ele encontrou uma de suas vítimas na rua:
            - Por que você não quer ficar comigo?
            - Por que eu não quero me apaixonar por ninguém agora.
            Mas ela ficou muito traumatizada com a rejeição e insistiu:
            - Eu gosto muito de você!
            Ele respondeu:
            - Mas o nosso amor não pode ser correspondido como você deseja.
            Algum tempo depois, veio a vingança: ela ficou com outro garoto na frente dele.
            José Vitor nem ligou, porque não gostava dela. Mesmo assim, estranhamente, sentiu um pouco de ciúme...
(José Vitor e Rafaela Ribeiro – 8.º Ano B)

Menina Má

            No começo, eu era jovem, gostava da vida, da família, dos amigos e, principalmente, de um garoto. Com o tempo, pra mim, só existia ele; tudo era ele, ou seja, ele se resumia a uma palavra: tudo.
            Mas ele nem ligava pra mim, nem me dava ideia. Mesmo assim, finalmente tomei coragem e me declarei pra ele. O garoto que eu mais amava, mais do que tudo, me deu um fora na frente dos amigos! Passei o maior mico da minha vida; todos ficavam rindo de mim, mas o dia deles chegaria.
            O tempo passou, eu cresci e todos aqueles que me esnobavam agora rastejam aos meus pés.
            O garoto que eu mais amava quando eu era criança, agora me deseja. Mas agora sou eu rejeito. Assim me vingo, pois agora sou uma menina má.
(Alana Gabriel e Victória Karollyne – 9.º Ano A)

A vingança de Anita

            Na minha época de escola, tinha uma menina chamada Anita, que gostava muito de mim; só que ela era muito feinha. Por isso, eu não dava bola pra ela.
            Certo dia, estava indo embora pra casa e, no meio do caminho, ela me puxou pelo braço e me entregou uma carta. Peguei a carta e fui ler com os amigos. Como eu a achava feia, não dei bola e li a carta dando risadas com os meus amigos. Só que ela estava escutando e eu não sabia.
            A Anita cresceu com muita raiva de mim. Ficou muito linda, ela seduzia todos com o seu charme. Eu me arrependi de tê-la esnobado quando éramos pequenos. Quando ela passava em frente a minha oficina, eu ficava doido diante de tanta beleza.
            Certo dia, ela entrou na oficina e começou a me seduzir. Achei que ela ia ficar comigo, mas não: só queria me seduzir. Ela dançava pra mim e eu ficava maluco. Na hora em que fui tentar ficar com ela, Anita saiu da minha oficina me zoando, rindo da minha cara. Ela fez a mesma coisa que eu antes fiz com ela. Me arrependi de tudo que fiz até hoje. Agora sou eu que choro arrependido...
(Bruno Folly e Vinicius Oliveira – 9.º Ano A)

Vergonha

            Seu nome era Luly. Ela era muito apaixonada por João e fazia de tudo para estar ao lado dele. Mas João tinha vergonha dela. Passado certo tempo, a relação continuava a mesma coisa.
            Por coincidência do destino, eles foram estudar na mesma faculdade. Na convivência do dia a dia, João foi percebendo que Luly estava ficando muito linda e que todo mundo a desejava.
            Certo dia, ele chegou até ela e disse que estava gostando dela. A partir daquele dia, fazia de tudo para ela ficar com ele: João mandava flores, bombons, cartas e tudo o que uma mulher gostaria de ganhar. Mas ela lhe disse que não queria ficar com ele, porque, quando ela gostava dele, ele não dava bola a ela.
            Agora é tarde demais para João...
(Daiana Rosa e Karolainy Cruz – 9.º Ano A)

Mudanças (Baba, baby, baba)

            Quando eu era mais jovem, era apaixonada por um garoto; só que ele não me dava ideia.
            Uma vez eu lhe escrevi uma carta. Quando fui entregar, ele começou zombar de mim. Ele estava com uns amigos dele, com os quais foi pra um lugar perto da cachoeira. Eu os segui pra ver se ele iria ler a carta. Chegando lá, escutei um monte de gargalhadas. Cheguei mais perto para ver do que eles estavam rindo: descobri que estavam rindo da minha carta! Fiquei com muita raiva, saí dali correndo e chorando com muito ódio.
            Cheguei em casa, fui direto pro meu quarto e fiquei um bom tempo sem sair de lá.
            Mas o tempo passou, eu cresci e mudei.
Hoje sou mais madura, tenho mais conhecimento sobre as coisas. Agora é ele quem chora por mim; provoco e não fico. Agora baba, baby, baba!
(Caroline de Almeida – 9.º Ano A)

A ex-boba esnobada

            Havia uma garotinha chamada Anitta que era apaixonada por um garotinho chamado Guilherme, que sempre a esnobava. A garotinha ficava muito triste com isso.
            Quando ela fazia cartas ou algo do tipo, ele mostrava para os amigos e todos riam da cara dela.
            Então a garotinha cresceu e decidiu parar de ser uma boba esnobada. Finalmente ela resolveu se vingar. E agora ela não é mais aquela garotinha esnobada, e sim uma menina muito má.
            Um dia, ela chegou ao trabalho da sua antiga paixão, Guilherme, e se vingou dele. Ela o provocou, dançando na sua frente e negando beijá-lo. Ela o amarrou e o obrigou a vê-la ficando com o amigo dele. E agora ele corre atrás dela e ela não está nem aí pra ele.
            Durante a vingança que Guilherme recebeu, ele relembrou do que fazia com Anitta e agora está vendo como dói ser esnobado.
            Anitta se tornou uma menina bonita, rica e poderosa.
(Larissa e Yohana – 9.º Ano A)

A festa da vingança

            Bia era uma menina boa, meiga e apaixonada por um lindo rapaz que se chamava Ricardo. Mas ele a achava uma pirralha, por ser nova demais e ele ser mais experiente que ela. Os dois estudavam na mesma escola; só que ele estava numa série mais avançada que a dela.
            Com o passar dos anos, Bia se transformou em uma menina má, meiga e abusada. Decidiu se vingar daquele palhaço que a desprezava. Dia após dia, Ricardo notou a transformação dela e começou a se apaixonar por ela. Quando ela percebeu isso, fez ele de gato e sapato.
            Algum tempo depois, Ricardo fez uma festa e chamou as meninas mais bonitas da escola, incluindo a Beatriz. Nessa festa, a Beatriz foi linda, perfeita e maravilhosa, não tinha menina mais bonita que ela. Bia usou e abusou de Ricardo e ele ficou igual a um cachorrinho atrás dela. E ela, para se vingar dele, pegou o menino mais bonito da festa e foi para um canto da casa com o rapaz. Ricardo foi atrás e a viu com o garoto, na maior pegação na frente dele. Ricardo sentou-se em uma cadeira e começou a chorar. Bia largou o menino, veio para perto de Ricardo e fez ele lembrar todos os momentos que ele a humilhou na infância.
            Bia foi embora sorrindo, enquanto Ricardo continuava chorando.
(Luciele, Larissa e Vitória – 9.º Ano B)

Sentimentos opostos

            Bruna, aos 10 anos, se encantou por Matheus, um garoto de 14 anos. Bruna era uma menina doce, meiga e muito romântica. Já Matheus era um garoto mau, esnobe e egoísta, que não ligava para os sentimentos que a garota sentia.
            O tempo foi passando e Bruna foi se transformando em uma mulher muito atraente, sedutora e vingativa, a ponto de planejar uma vingança contra o seu primeiro amor que tanto a rejeitou.
            Bruna então começou a mandar mensagens para Matheus, provocando-o muito. Ele, como não era bobo de rejeitar aquele mulherão, marcou um encontro com ela.
            No dia do encontro, Bruna se vestiu tão bem que ficou mais bonita e atraente do que ela já era e foi para o local à espera de Matheus. Quando ele viu Bruna, se apaixonou perdidamente, mas ela disse coisas horríveis para Matheus.
            Magoado, Matheus decidiu ir embora, com a esperança que algum dia iria reconquistá-la.
(Marliane dos Santos Silva, Neliane dos Santos Silva e Greiciane Matias Silva – 9.º Ano B)

Eu me apaixonei pela pessoa errada!!!

            Anita era uma menina estudiosa, alegre, uma garota exemplar. Numa sexta-feira, chegou um aluno novo chamado Igor para a escola onde ela estudava. Foi amor á primeira vista! Como Igor era do 9,º ano e Anita do 7.º ano, ele não dava nenhuma importância para a menina.
            Anita tinha algumas amigas do 9.º ano, que andavam com ela. Um dia, Igor passou perto delas e ficou olhando para Claudia, uma das garotas do 9.º ano. Como Anita era apaixonada por ele, achou que Igor estava olhando para ela. Anita ficou toda alegre e, ao chegar em casa, fez uma carta para Igor, dizendo que o amava muito.
No dia seguinte, entregou a carta para Igor. Ele começou a ler a carta e, percebendo o engano, falou com Anita:
            - Naquele dia, eu não olhei pra você; eu olhei para a Claudia! Não quero uma pirralha como você; me esquece!
            Anita saiu correndo, chorando muito, foi pra casa, se trancou no quarto e começou a pensar:
            “Por que eu estou chorando, se ele não me ama? Nunca mais vou chorar por homem nenhum! O Igor vai ter o que merece!”
            Anita cresceu, ficou bonita e famosa. Igor agora trabalhava numa fazenda. Numa tarde, Anita foi fazer uma visita a ele. Lá, ela levou-o para um canto, ligou o som e começou a rebolar pra ele. Distraído, Igor nem notou que Anita amarrara os seus braços.
            “Agora eu vou me vingar
            Sou menina má”
            E Anita foi embora, deixando Igor amarrado, lembrando de quando ele a humilhou na escola.
(Ana Cristina, Ana Cláudia e Igor Murta – 9.º Ano B)

A vingança da menina má

Desde pequena
recusada
Desde pequena
maltratada

Foi ignorada
pelo seu grande amor

Sofreu, chorou...

Cresceu e a vingança
no seu coração maior ficou

Hoje, se vinga, às vezes chora,
no seu coração agora
não há
mais

O amor!!!
(Wanessa e Lizandra – 9.º Ano B)

4 comentários:

  1. Infelizmente uns pagam pelo erro dos outros. Nos tornamos meninas
    más pelo erro dos meninos maus que um dia foram bons, mas tiveram que aprender a ser maus, bem como as meninas más. Parabéns pelo trabalho com essas "crianças". As vezes expor na arte o que sentimos alivia, além de ser uma forma de analisar o passado e o presente, tentando arrumar maneiras novas de encarar o futuro.

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  2. ola eu amei os poemas ficarão show de bola..

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  3. Ameeeeeeeeeeeeeeei muitoooo todos achei muito criativa a ideia li um por um e acho que realmente capitaram todos os detalhes , PARABÉNS !

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  4. CArlos, como sempre SURPREENDENTE!!!!! Não preciso dizer que sou fã de seu trabalho e que amei o resultado deste projeto. agora além de fã sou aluna, afinal fico saboreando de sua criatividade para utilizar com os meus alunos. Parabéns, parabéns, parabéns é mega, super pra lá de ótimo contar com um profissional do seu nível em nossa escola. "Abraçus Mineirus"!!!!!!

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