quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Solidões Compartilhadas: Mais algumas gotas de dor, de Fabio da Silva Barbosa

Hoje estreia nas Solidões Compartilhadas um velho poetamigo virtual que jamais vi, mas cujos caminhos líricos e poemas sempre amei. Conheci o fodástico poetamigo estreante através da rede social Facebook em 2011 - se não me engano, foi ele quem me adicionou, talvez por contatos em blogs, etc. (lembro que foi num link de blog que ele compartilhou que eu soube do evento Praia do Rock de janeiro de 2012, organizado pelo super-artistativistamigo Rafael Almeida, até aquele momento um ilustre desconhecido por mim e atualmente um dos grandes parceiraços lírico-musicais que tenho. Foi esse evento "Praia do Rock", em Macaé/RJ, que estimulou a mim, Juliana Guida Maia e Zé Ricardo Maia a criarmos o Sarau In Roça, no bairro do Cambota, em Valença/RJ, e começarmos uma pré-tour do que viria a ser o "Sarau Solidões Coletivas", oficializado apenas três meses depois, em abril de 2012 [antes já fazíamos saraus, como quando nos apresentamos no Arte Valença 2, organizado por Giovanni Nogueira em 2011, entre outros anteriores, mas o grupo ainda não tinha nome]). Ou seja, o fodástico poetamigo estreante de hoje é indiretamente responsável pelo surgimento do Sarau Solidões Coletivas e pelo estímulo à busca dos contatos para eventos líricos fora de Valença/RJ.
As Solidões Compartilhadas com este fodástico poetamigo estão atrasadas 3 anos - em 2013, ele já havia me mandado fodásticos poemas e, devido à correria insana da rotina, acabei deixando passar a oportunidade, mas os deuses do lirismo me deram uma segunda chance e hoje, finalmente!, trago "Mais algumas gotas de dor", do mais-que-fodástico poema do poetamigo Fabio da Silva Barbosa, autor do e-book "Escritos Malditos de uma Realidade Insana" (que pode ser baixado no seguinte link: http://lamparinaluminosa.com/index.php/os-livros/e-book/59-escritos-malditos). Sua poética delirante é vibrante, frenética e sempre preocupada e denunciadora das injustiças de nossa louca realidade social.
Caminhemos com os olhos, amigos leitores, e conheçamos as saídas dos eus líricos de Fabio da Silva Barbosa pelos labirintos sem saída de nossa complexa (ir)realidade social.

Mais algumas gotas de dor
Por Fabio da Silva Barbosa

aí estão suas lágrimas
novamente inundando
sua face tão marcada
pelas surras do passado

e o presente
que não facilita em nada
insiste em mostrar
um futuro de dor

não existe fuga
que dure para sempre
para abortos ambulantes
que respiram em plena morte

condenados pela existência
perambulando pelo eterno fim
com o apito da benzina
guiando os instintos

ruínas interiores
destroços exteriores
pelos restos da desolação
de uma sociedade devastada

somos frutos arruinados
nascidos destruídos
totalmente imbuídos
por esses caminhos bloqueados


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