quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Pratas Poéticas da Casa que valem mais que ouro: Diana Paim ontem, hoje e sempre

Chegamos a mais um dia de Jogos Olímpicos no Brasil e permanecemos com pequenas conquistas de medalhas de ouro (fato previsível: se analisarmos a geopolítica olímpica, aprendemos que países em crise e que pouco investem em melhorias na educação, na saúde e na prática esportiva, com raras exceções, devido a outros fatores como domínio de uma modalidade esportiva, etc, costumam mendigar medalhas em Olimpíadas, mesmo que a edição dos jogos seja realizada em seu território). Mas, se são raras as medalhas de ouro para o Brasil nessas Olimpíadas, temos poetas pratas da casa que reluzem mais que o mais puro ouro – mesmo num país que privilegia a falta de Educação e Cultura, cada vez mais jovens se dedicam à escrita poética, mesmo que esta jamais lhe forneça um pódio à altura da dedicação do jovem escritor. Um exemplo de poesia, lírica loucura, insistência e resistência (sem os três últimos, os jovens poetas se tornam adultos que sobrevivem para a realidade, mas que, ao mesmo tempo, se matam para o lirismo e para o sonho) é a jovem e talentosa teresopolitana Diana Paim.
Conheci Diana Paim quando esta ainda era aluna na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, na região rural de Teresópolis/RJ. Relembrando, ela mesma admite nunca ter sido uma aluna nota dez, dona de uma preguiça imensa, que a dominava em grande parte dos tempos de aula, mas era só lhe pedir uma crônica, um poema, qualquer escrito lírico, que ela saía de sua inércia e hibernação para transformar-se numa escritora febril e vibrante – era esse o seu dom, o seu sonho e, ao mesmo tempo, o seu despertar. Depois que deixou de ser minha poetaluna, temi que abandonasse essa qualidade lírica e, mais uma vez, hibernasse para somente sobreviver na nossa crua realidade. Mas a menina cresceu, virou mulher e, mesmo no meio do nosso mais duro e deserto concreto real, continuou a plantar suas flores líricas, continuou a sonhar, a amar e a escrever, mesmo em períodos de poucas e raras inspirações!
Hoje tenho o privilégio e imenso prazer de apresentar mais três obras líricas douradas da super-talentosa poetamiga Diana Paim: o recente “Nem que seja por um segundo”, escrito há cerca de um pouco mais de um mês, com uma mensagem belíssima, altamente recomendada para os fãs de “Imagine”, de John Lennon (erraste, John, o sonho não acabou; só sofreu releituras e se re-transformou!), e dois poemas mais antigos, de cerca de mais de 2 anos atrás – “Pouca inspiração para escrever” (escrito após uma luta contra a confessada falta de inspiração que a poetamiga sofria), altamente recomendada para os fãs de “Menino Bonito”, de Rita Lee (parte do poema me lembrou muito a letra desta belíssima e magnificamente linda canção da rockstar brasileira) e “De repente”, uma espécie de tratado lírico de resistência aos sentimentos e sofrimentos adolescentes que persistem, mesmo quando crescemos.
Esqueçamos algumas carências de medalhas de ouro em nosso dia a dia e coroemos com a poesia dourada da fodástica poetamiga teresopolitana Diana Paim com as honrarias de nossa amorosa e fascinada leitura, amigos leitores!

Nem que seja por um segundo

Às vezes me perco nessa confusão,
nesses pensamentos loucos que vem e vão,
nessa vontade de mudar o mundo
nem que seja por um segundo.
Fico imaginando um mundo sem dor,
um mundo onde reinam apenas a paz e o amor,
queria que apenas uma vez as coisas fossem como meus pensamentos,
nos quais todos vivem sem sofrimento.
Imagina você como seria bom um mundo onde todos sorriem,
um mundo onde todos fazem o bem
sem olhar a quem.
Sabe, mesmo que o mundo diga não,
tenha fé e não se entregue à decepção,
pois, se alguém disse que seria fácil,
te enganou e se enganou também.
Mesmo que seja difícil, não deixe de lutar:
para o mundo mudar, basta você começar!



Procuro inspiração para escrever

Procuro inspiração para escrever,
procuro motivos pra te falar,
procuro coragem pra me declarar,
mas não consigo,
pois tudo que vem na minha cabeça
é o brilho dos seus olhos
que me faz sonhar,
é a curva do seu sorriso
que me faz viajar,
é o som da sua voz
que me faz flutuar.
Sou apenas uma menina comum,
mas quando te vejo,
mesmo não podendo te abraçar e nem te tocar,
sou a pessoa mais feliz do mundo.
Você me traz uma paz que vem acalmando meu coração e confortando minha alma,
uma felicidade que toma conta de mim enquanto estou perto d você.
Todos os dias fico a sua espera e só d olhar você
já esqueço meus problemas e meu dia fica perfeito.
Sonho com o dia que vou te olhar e dizer te amo, quero você
e que nesse momento você me abrace e diga também te quero comigo.



De repente

E por algum motivo tudo mudou...
Aquela menina cresceu e virou mulher.
As dores do joelho ralado se transformaram em coração partido.
Foi tudo tão rápido - cresci e nem senti
Só agora que percebi que ainda vou ter muitas decepçães e desilusões
e que vai ser cada vez pior.
Por isso, há um tempo atrás, prometi pra mim mesma
nunca mais me apaixonar,
mas veja só no que deu:
hoje estou aqui sofrendo por mais uma decepção.
Quando você chegou, eu tive a certeza que dessa vez seria diferente,
que eu não iria me apaixonar e que seria feliz com você,
mas como sempre isso foi só uma ilusão
e em tão pouco tempo você já era tudo pra mim,
o meu motivo pra sorrir...
Eu e essa tal da paixão... será que algum dia daremos a mão???
Sinto-me cada vez mais cansada de correr da decepção,
pois quanto mais fujo dela, mais perto de mim ela está!!!




terça-feira, 9 de agosto de 2016

Do cavaco ao beat box: Declamando poemas com super-artistamigos na Feira Cultural São Pedro

É, amigos, sei que mais uma vez fiquei meio sumido – com o começo do recesso escolar, confesso: estava meio cansado e, por isso, andei mais off que on line -, mas aos poucos vou voltando e tirando o atraso nas postagens. A primeira postagem de hoje relembra um momento super-especial no final do mês de julho. A convite (mais uma vez) do mais-que-fodástico artistativistamigo Victor Santos da Silva,  no dia 30/07, à tarde até a noite, participei da Feira Cultural São Pedro, organizada por ele,no Espaço Cultural Ponto de Luz, localizado no Planet Soccer (Rua Fileuterpe, n.º 900), no bairro São Pedro, em Teresópolis/RJ.
O evento foi super-mega-hiper-especial, pois tive a oportunidade de fazer parcerias líricas inéditas com novos super-artistamigos: declamei acompanhado pelo cavaco (e, depois, violão) de Victor Aguiar; Victor Santos, Victor Aguiar e eu fizemos um tributo lírico-musical a Renato Russo; interpretei outros poemas acompanhado pelo violão de Wander do Cavaco e pelo surdo de Matheus de moraes Albino e ainda contei, depois, com a participação de Bruno Ferreira, conhecido artisticamente como Bruno Paz, no beat box enquanto eu declama "A revolta dos mortos vivos". Durante o evento,, nessas parcerias e às vezes solo,apresentei poemas dos livros "Bebendo Beatles & Silêncios", "O último adeus (ou O primeiro pra sempre)" e "Note or not ser". Alguns poemas foram declamados por mim ao vivo pela primeira vez, outros ganharam nova roupagem com o apoio musical dos meus novos artistamigos. A postagem de hoje traz o vídeo que registra esses grandes momentos.

Foi mais um evento inesquecível no Espaço Cultural Ponto de Luz - lugar lírico fodástico que já se tornou um dos meus recantos poéticos favoritos. Que venham outros grandes momentos como este!



Meu filho-poema selecionado na Copa do Mundo das Contradições: CarnaQatar

Dia de estreia da teoricamente favorita Seleção Brasileira Masculina de Futebol na Copa do Mundo 2022, no Qatar, e um Brasil, ainda fragiliz...