terça-feira, 27 de setembro de 2016

Relembrando homenagens a pessoas marcantes em minha estrada lírica: Um poema antigo à professoramiga Rita D'avila

Hoje uma grande professoramiga, a mais-que-fodástica Rita D’avila, com quem tive o privilégio de trabalhar na mesma equipe escolar (na Escola Municipal Nadir Veiga, entre 2008 e 2010), está fazendo aniversário, 53 anos de muita folia, profissionalismo, saúde e talento! Além de grande companheira profissional, Rita também me apresentou parte da Teresópolis da boemia e do samba; curtimos boas baladas juntos. Devido à correria dos nossos cotidianos de trabalho – ambos costumamos acumularmos quinhentas funções e atividades ao mesmo tempo -, há tempos não conseguimos frear a rotina cansativa e colocar a conversa em dia. Mas, mesmo afastados, os laços e histórias permanecem e hoje revelo no blog um poema que fiz em homenagem a ela, no seu 45.º aniversário. Foi escrito durante as comemorações do aniversário de Rita em um bar e, como costumo fazer, pedi que os presentes me dessem um conjunto de palavras e construí o poema a partir das zoações que a professoramiga adorava fazer com o professor André Alvarenga, que também estava presente naquele dia alegre e divertido (usei como recurso, a primeira pessoa, forjando um eu lírico parecido com a homenageada; ou seja, no poema, fingi ser Rita D’avila – que chamo de Rita Baiana, em louvor às origens dela e como citação a uma personagem marcante e festiva do romance “O cortiço”, de Aluísio de Azevedo).
Aí vai, amigos leitores, pela primeira vez no blog, o poema que escrevi há 8 anos atrás em homenagem à formidável professoramiga Rita D’avila!

Recado para André
Poema em homenagem ao aniversário de Rita Damiana (4.5 )

Já te falei, meu amigo,
a vida é uma passagem sem ida,
por isso não viajes, cara!
Curta o caminho
com amor, amizade e carinho
e não esperes nada
- nem ônibus, nem carreata.
Já estamos aqui juntos, unidos,
por isso esqueça estes anseios
pelo infinito...
Eu tenho noção, meu camarada,
já segui errante, perdida;
confia em mim, cara,
tenho 4.5.
Dá-me um isqueiro,
sente o tesão com que o fogo
queima tua ilusão
e esse incêndio de realidade
é a nossa essência,
é a chama que não acaba.
Te dou minha palavra:
a vida é o agora
e não essa promessa de fuga
em futuros distantes...
Confia em mim, amigo,
confia em quem te ama,
sei o que digo, tenho 4.5,
sou Rita Baiana.

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